Sinsjustra requer sobras do orçamento para subsidiar o plano de saúde dos servidores
A diretoria do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho da 14ª Região dos Estados de Rondônia e Acre (Sinsjustra) apresentou para a administração do TRT-14 uma proposta que tem como objetivo o redirecionamento das sobras orçamentárias para cobrir as custas das mensalidades do plano de saúde dos servidores. A proposta, apresentada nesta quarta-feira (17), toma como pressuposto a economia gerada pelo trabalho remoto e tem como justificativa o aumento da utilização do plano, onerando substancialmente o orçamento familiar durante o período de pandemia provocada pela COVID-19.
Com a virtualização e a digitalização da serventia judiciária, os gastos fixos correntes foram reduzidos significativamente, dado que antes da pandemia, as despesas somavam em torno de R$2.800.000,00 (dois milhões e oitocentos mil reais). No primeiro ano da pandemia, os gastos reduziram em 36% e no segundo ano houve nova redução, uma vez que, os custos diminuíram quase 41%.
Para o presidente do Sinsjustra, Antônio Batista de Souza, a redução das despesas não afetou a qualidade da prestação dos serviços jurisdicionais, tampouco a quantidade dos serviços prestados. “No primeiro ano, a produtividade em 1º grau foi mantida, pois atingimos a meta de 111%, enquanto a previsão era de 101%. Neste mesmo período, no segundo grau o aumento foi de 59%”, explica o líder sindical. “Essa conquista, deve-se a dedicação dos servidores e magistrados, sem olvidar da participação de advogados, Ministério Público do Trabalho, estagiários, partes e demais colaboradores”, complementa.
O documento apresentado à administração do TRT-4 também postula a implantação da ajuda de custo a ser paga aos servidores, apenas durante o período em que perdurar a pandemia. A motivação do pedido tem como fundamento a manutenção da estrutura virtual para o exercício das atividades em casa, posto que, os servidores tiveram gastos com internet de qualidade, modernos aparelhos celulares, equipamentos de informática e escritório, energia elétrica e outras despesas extras para manter a Justiça do Trabalho em funcionamento.
“Houve determinação para que os servidores fossem mandados para casa sem nenhuma estrutura, sendo obrigado, mês a mês, a incluir no orçamento doméstico as despesas ocasionadas pela prestação jurisdicional”, finaliza o presidente do Sinsjustra.